Professores dizem estar frustrados

Professores dizem estar frustrados e afirmam que proposta do governo tem "problemas sérios"
Fernanda Calgaro
A proposta apresentada pelo governo federal nesta sexta-feira (13) para os professores das universidades e institutos federais, categoria que está em greve há quase dois meses, frustrou as lideranças das entidades sindicais. "A proposta tem problemas muito sérios", afirmou Eduardo Rolim, presidente da Proifes (Federação de Sindicatos de Professores de Instituições Federais de Ensino Superior). Governo propõe para docentes federais em greve aumento salarial e mudança no plano de carreira Proposta feita a docentes universitários terá impacto de R$ 3,9 bilhões no orçamento Professor com doutorado recebe menos que um policial rodoviário Uma das críticas à proposta, que prevê aumento salarial para todos os docentes e mudanças no plano de carreira, é que privilegia mais quem está no topo da carreira. "Os doutores-titulares são minoria na categoria. Quem é mestre ou não tem titulação sai prejudicado, até porque muitos não têm condições de obter titulação", disse Marinalva Oliveira, presidente do Andes-SN (Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior). O governo propõe reajuste de 16% a 45,1% para os professores em três anos -o percentual varia conforme a titulação e ao regime de dedicação (20 ou 40 horas por semanas). Esses percentuais já levam em conta os 4% concedidos por meio de uma medida provisória recente e que são retroativos a março deste ano. O problema, segundo o Andes, é que só 7% dos professores das universidades federais se encaixam na categoria máxima, que é a de professor titular e dedicação exclusiva, para receber os 45,1% de aumento. A proposta, que ainda será encaminhada como projeto de lei para aprovação no Congresso, reduz de 17 para 13 os níveis de carreira, uma das reivindicações do movimento grevista. No entanto, de acordo com Marinalva, não está claro quais serão os critérios de progressão de carreira.

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