FARSA DA PROPOSTA DO GOVERNO


Na mesa de negociação do(a)s docentes, o governo mostrou que está mais preocupado com o apoio da sociedade ao movimento grevista do que negociar as reivindicações. Paralelamente à reunião com o SINASEFE e o ANDES, o Ministro da Educação Aluízio Mercadante e a Ministra do Planejamento Miriam Belchior anunciaram que já havia acordado proposta de reestruturação de carreira do magistério superior e da carreira EBTT dizendo que terá impacto de R$ 3,9 bilhões no Orçamento Federal.
Na reunião, o governo usou como estratégia a apresentação uma tabela mal estruturada e de difícil entendimento que visa principalmente confundir as bases das entidades sindicais e jogar a população contra o movimento grevista. O governo mentiu, ao anunciar que o reajuste de 45% contempla a categoria, todavia, o maior reajuste apresentado pelo governo é de 39,54% e atinge apenas os doutores com dedicação exclusiva no topo da carreira (docente titular). Esse reajuste será repassado em 3 parcelas: a primeira em julho de 2013, a segunda em maio de 2014 e a terceira, SOMENTE, em março de 2015. Deve-se considerar que a última parcela será distribuída em ano posterior a eleição de 2014. Nesta proposta, os salários ficarão congelados nesse período.
Em uma análise mais detalhada, a proposta do governo mostra armadilhas que precisam ser denunciadas:
O governo diminui a tabela salarial que atualmente está dividida em 16 níveis remuneratórios para 13. Entretanto, para progredir na carreira, o docente da EBTT terá que permanecer em um nível por 24 meses em detrimento aos atuais 18. O tempo para que o docente chegue ao topo da carreira não se alterou revelando uma farsa de que a diminuição nos níveis reduzisse o tempo de ascensão ao teto da carreira.
Um ponto de extrema importância na análise é a progressão do(a) docente entre os níveis. Um(a) docente, exceto os doutores(as), nunca poderá chegar ao topo da carreira, contrariando o que já está estabelecido com a progressão por tempo de serviço, o que se configura em um retrocesso nos direitos já existentes.
É necessário frisar que o governo momento algum sinalizou com a possibilidade de iniciar de fato um processo de negociação séria com os técnico-administrativos, o que fere as deliberações da base que só assina acordo se as duas categorias forem contempladas.
O SINASEFE mantém-se firme na defesa dos interesses da categoria e apresentará, na mesa de negociação acordada entre as entidades representativas dos servidores (SINASEFE e ANDES) e o governo, no dia 23 de julho, uma contraproposta baseada nas resoluções definidas democraticamente pelas instâncias da nossa entidade.
COMANDO NACIONAL DE GREVE
SINASEFE

Postagens mais visitadas deste blog

OPOSIÇÃO IMPEDE NOVA VOTAÇÃO DO PROJETO ESCOLA SEM PARTIDO

"IDEIAS DE GUEDES PARA PREVIDÊNCIA SÃO PIORES QUE AS DE TEMER", ALERTA ESPECIALISTA

MP QUE PRIVATIZA SETOR DE SANEAMENTO PODE SER VOTADA NESTA TERÇA NO CONGRESSO