RESULTADO DA REUNIÃO DO DIA 12/6 COM O GOVERNO


Na primeira rodada de negociação, governo pede trégua, ignora existência dos servidores técnico-administrativos e inicia negociação com quebra da unidade das categorias em mobilização
Depois de 26 dias de paralisação dos docentes das Universidades Federais, o governo abriu uma reunião do GT Carreira com um pedido de trégua de 20 dias no movimento grevista como condição para ele apresentar uma proposta para as categorias do setor da educação.
Rejeitada pelas três entidades que participaram da reunião – SINASEFE, ANDES-SN e PROIFES –, a trégua foi uma ideia abandonada pelo secretário de Relações de Trabalho do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão (MPOG), Sérgio Mendonça, logo no início do encontro. Depois de uma pequena pausa de 15 minutos, foi estabelecida uma mesa negocial em que o governo se comprometeu com os professores de fechar a proposta definitiva até o dia 2 de julho.
Na manhã da próxima terça-feira (19), haverá novo encontro dos representantes da Pasta do MPOG e da Secretaria de Educação Superior do Ministério da Educação (MEC) com as entidades representativas do setor da educação, na qual o governo deverá apresentar uma proposta preliminar que terá como referência remuneratória a carreira de Ciência e Tecnologia.
Na avaliação da diretoria do SINASEFE, a reunião foi positiva porque o governo reconheceu a paralisação, manteve a mesa de negociação durante o movimento grevista e concordou em antecipar a apresentação proposta para o dia 2 de julho e não no dia 31, conforme foi definido em outros encontros.
Contudo, para os outros segmentos da educação os problemas continuam. O SINASEFE alertou para a necessidade de se construir uma proposta para os técnico-administrativos e reivindicou a realização de uma mesa em conjunto com a FASUBRA. Os estudantes nem sequer foram recebidos. Na entrada do Ministério, antes da reunião, os representantes
estudantis foram impedidos de participar da mesa sob a alegação que a reunião não seria de negociação, e sim do GT Carreira.
"O que vimos foi, mais uma vez, a atuação no sentido de fragmentar a unidade do setor da educação. Mas os governantes têm de entender que se querem resolver o problema da educação neste País terão de considerá-la como um todo, sobretudo, na hora de resolver os problemas dos segmentos docente, técnico-administrativo e estudantil. Além disso, é preciso reconhecer que a greve do setor da educação é uma realidade", afirmou o coordenador-geral da entidade e integrante da comissão do Sinasefe que participou do encontro, David Lobão.
Para Lobão, a greve das categorias é um elemento fundamental para facilitar a negociação e incrementar a dinâmica negocial. "O que importa é estabelecer de fato a negociação", disse. O diretor Marcos Dorval disse que o governo deve adotar com os técnicos a mesma
disposição de antecipar a data de fechamento da proposta que teve com os docentes. Tania Guerra alertou para o fato de que a EQUIPARAÇÃO remuneratória com a carreira de Ciência e Tecnologia precisa ser apresentada formalmente, uma vez que as duas carreiras têm profundas diferenças.
No entendimento das lideranças sindicais do SINASEFE, a greve da FASUBRA, que começou nessa segunda-feira (11) e a da nossa categoria, a começar hoje (13), a pressão se tornará mais forte e as possibilidades de se realizar uma negociação que atenda à demanda das entidades será proporcionalmente maior.
Participaram da reunião, o secretário de Educação Superior do MEC, Amário Lins; o secretário de Relações do Trabalho do Ministério do Planejamento, Sérgio Mendonça, representantes da diretoria e do comando de greve do ANDES-SN, representantes do PROIFES e do SINASEFE. Pelo SINASEFE, participaram os Coordenadores-Gerais David Lobão, Silvana Pedroso e Silvio Rotter, além de Marcos Dorval, Tania Guerra e Randall Teixeira. 

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