Chamado às bases do SINASEFE: 10 de novembro é dia de parar o Brasil!


​No dia 14 de outubro o plenário do congresso da CSP-Conlutas votou por unanimidade a construção do dia 10 de novembro como Dia Nacional de Lutas e Paralisações. Além da CSP, várias outras centrais, federações, e movimentos sociais estão se somando a esse chamado. Precisamos construir esse dia como a retomada das mobilizações contra as reformas neoliberais e a derrubada do governo Temer e seus aliados.

Como já enfatizado em vários momentos, estamos vivendo um dos períodos mais tenebrosos e de perspectivas mais sombrias da república no Brasil. Estamos vivendo o tempo do cinismo, vimos há pouco mais de um ano, movimentos sociais sem raízes na classe trabalhadora levarem milhões às ruas contra a corrupção. Hoje estamos vendo o presidente mais impopular, e certamente um dos mais corruptos, se safar de investigações que o atingem diretamente a custa de todo tipo de negociata. Os mesmos que ontem clamavam contra a corrupção, hoje se ocupam de combater exposições de arte e a apoiar às vezes de forma velada, às vezes contundente, esse governo.

O mesmo congresso que votou o impeachment, votou também a PEC do fim do mundo, a Reforma do Ensino Médio, a terceirização às atividades-fim, arquivou dois pedidos de investigação contra Aécio Neves, derrubou as medidas cautelares contra esse mesmo senador, livrou Temer de ser investigado por corrupção passiva. E, no momento em que essas linhas são escritas (quarta-feira, 25 de outubro) está pronto para livrar de novo o mesmo presidente corrupto da acusação de obstrução da justiça.

Tão logo Temer esteja livre de mais essa denúncia, o congresso ameaça retomar sua agenda "positiva", e nesse momento estarão recolocados na ordem do dia a Reforma da Previdência, as privatizações e a votação do orçamento para o ano que vem com todo o compromisso de sucateamento do serviço público.

O orçamento para a educação tecnológica tem caído assustadoramente desde a subida de Temer ao poder. Em 2016 estava na ordem dos 7 bilhões, em 2017, na casa dos 5 bilhões, para o ano que vem, a previsão é que não chegue a 3 bilhões. Se neste momento alguns campi estão sem dinheiro para pagar as contas, o que esperar então? Concursos públicos serão suspensos, obras de expansão definitivamente abandonadas, campi serão fechados, colegas terceirizados demitidos. Isso sem falar no risco sempre presente de invasão do Sistema S, da diminuição da democracia e do aumento das práticas persecutórias. Nunca antes na história desse país (para usar um bordão bem conhecido) estivemos tão perto do fim.

A oposição parlamentar não tem nenhuma chance contra o trator da base governista no congresso, não temos esperanças fora de nossa mobilização. E é exatamente por isso, que sendo coerente com inúmeras decisões de Plenárias Nacionais, que a Direção Nacional do Sinasefe vem fazer um chamado público para a mobilização no dia 10 de novembro. A ampla mobilização é a ordem do dia!

Paralisar onde for possível, colar cartazes e adesivos, compartilhar os materiais da mobilização nas redes sociais, somar-se aos atos públicos onde eles estiverem acontecendo. Que o SINASEFE, junto com suas seções de base, seja o campeão da unidade.

Às ruas companheiros, a luta é nossa única alternativa!
Fora temer! Nenhum direito a menos!

Direção Nacional do SINASEFE​

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