26º CONSINASEFE - Avaliações

Dentro do propósito de integrar os filiados às ações realizadas pela Seção Sindical em suas participações fora do âmbito da sede, repassamos avaliação feita pelo companheiro Ricardo Velho , pertencente à INTERSINDICAL, sobre o 26º Consinasefe. Nesta avaliação o companheiro ressalta sua adesão, no Congresso, à chapa UNIDOS PELA BASE que surgiu como um movimento novo, renovador, tendo a articulação e participação direta da grande maioria dos delegados enviados pela nossa Seção.


Companheiros,
Nesse ultimo congresso do SINASEFE ocorreram fatos que só podem ser explicados a luz dos últimos anos. O que a DN executou e os coletivos ofereceram de alternativas para a categoria.
Primeiramente precisamos descolar do indivíduo a responsabilidade histórica de todas as dificuldades que vivemos e sim tentar entender como os agrupamentos de pessoas agem ou deixam de agir. Nesse sentido me despeço do coletivo: Movimento ética e independência (MEI) por alguns motivos, sendo um deles a falta de aprofundamento político em questões que considero fundamental no atual momento do sindicalismo brasileiro.
Dentro do MEI todos os seus militantes são importantes e valorosos na luta política, então não é aqui o momento de acusações ou de depuração e julgamentos. Assim como nos últimos anos defendi internamente que nossas ações na DN e nos fóruns da entidade não se pautassem pelo denuncismo e sim por proposições políticas claras para a base guiando a categoria pela luta.
Infelizmente fui derrotado nessa proposta. Outro elemento é atitude diante dos fatos quanto a agressão ocorrida na casa do sindicato, onde defendi o imediato afastamento do companheiro, e o encaminhado foi de “esperar” para não obedecer o outro coletivo.
Todos sabem que tenho defendido a política da INTERSINDICAL, devido à militância entre outras categorias, dentro da CLASSE TRABALHADORA, e ao fazer isso tentei nos últimos anos colocar dentro do MEI essa conversa. Infelizmente fui derrotado novamente, pois não conseguimos aprofundar o que entendemos sobre as divergências no movimento sindical e pautar um debate aberto sobre qual a INDENTIDADE POLITICA DO MEI. Temos hoje militantes da CUT, da CTB, da CONLUTAS e da INTERSINDICAL dentro do coletivo, ou seja, é um ajuntamento heterogêneo e sem forma que tentar existir no dia-a-dia do pragmatismo sindical. Não conseguimos avançar muito desse jeito.
E por ultimo a postura que tivemos na ultima greve da categoria. Todas militaram, ajudaram a construir a greve, mas nos momentos definitivos, nos calamos. Nos momentos de dizer para onde devia caminhar o movimento, apostamos num desgaste entre os dirigentes dos outros coletivos e a base ansiosa por ação. Fomos fracos e negligentes.
E foi essa atitude dos mais experientes no sindicato, de todos os coletivos, que iniciou o deslocamento da direção da militância nova que veio direto da base para nossos fóruns. Essa base que quer ações e não discursos, que quer luta e não negociações pelas costas. Que quer atitude política de sua Direção Nacional e não simplesmente administração de aparelhos sindicais.
Foi dessa nova militância, que tem experiência política em outras categorias e no meio estudantil, que surgiu uma movimentação, culminando com a formação de uma chapa para a DN no ultimo congresso.
Faltou a DN e os coletivos fazer uma leitura clara do que estava acontecendo com a categoria. Nos últimos 4 anos essa categoria mudou profundamente e nos estávamos gastando tempo em brigas internas. Essa nova categoria nascida da expansão da rede quer direitos, quer aumentos, quer condição de trabalho, e a DN não oferece alternativa de luta para isso. Ficamos em palavras gerais e pouco manejáveis no cotidiano dos locais de trabalho.
Creio que foram por esses vários motivos que me identifiquei muito mais com essa militância do que com os antigos coletivos no SINASEFE, terminando por apoiar a chapa UNIDOS PELA BASE. O nome é bem sugestivo depois da  avaliação que fiz, para demonstrar a aposta no futuro. Quero crer que é melhor errar junto com a base do que ficar tentando acertar sozinhos na DN...
Esse novo movimento tem a animo de estudo, de ação, de novas formas de luta, de entender que o Estado e os patrões são nossos inimigos, e sabem o que não querem como direção no SINASEFE, portanto, é um movimento que se abre para frente. Como tudo que nasce, deve se desenvolver e se colocar os desafios que esperam por respostas. Pode dar certo ou não, mas vale a tentativa da renovação e da esperança.
Despeço-me com um chamado a ação e aos princípios da luta sindical, pois,agimos no local de trabalho buscando a emancipação da classe trabalhadora em direção ao SOCIALISMO.

Ricardo Velho
INTERSINDICAL – instrumento de luta e organização da classe trabalhadora.  

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