​ASSEMBLEIA DO SINASEFE-IFSUL DEFINE DELEGAÇÃO PARA O 32º CONSINASEFE


A assembleia geral do Sinasefe-IFSul realizada nesta segunda-feira, 19, definiu o grupo de delegados que irão representar a Seção Sindical no 32º CONSINASEFE. O congresso terá caráter eleitoral e irá definir o rumo político do Sindicato Nacional para os próximos dois anos. O Sinasefe-IFSul será representado por 27 delegados, advindos dos diversos campi que compõe a base da seção. O Congresso ocorre entre os dias 28/4 e 1/5, em Brasília, antes de embarcar, os delegados deverão participar de uma roda de debates sobre as teses que serão apresentadas no CONSINASEFE.


Informes:
O coordenador de ação do Sinasefe-IFSul, Manoel Porto Jr., iniciou a Assembleia destacando a audiência pública para discutir o “Pacto Pela Paz”, que ocorre nesta terça-feira, 20, a partir das 19h, na Câmara de Vereadores de Pelotas. O controverso projeto da prefeitura de Pelotas motivou a criação do Pacto pela Voz, um movimento apartidário da sociedade civil que faz contraponto ao autoritarismo, truculência e silenciamento promovidos pelo poder público. O movimento faz uma crítica à forma vertical que está sendo implementado o projeto de lei “Pacto pela Paz” e o código de convivência pressuposto pelo poder executivo.

Entre os diversos pontos polêmicos do Código de Convivência, que tem sido colocado em prática antes mesmo de discutido e aprovado pela Câmara, é a proibição e criminalização de manifestações culturais e sociais na cidade, que viola as garantias e liberdades individuais dos cidadãos pelotenses. O Código estabelece, ainda, multas que variam entre R$ 53,72 e R$ 2.686,25, além de dar poder de polícia para a guarda municipal.

Jornada de 6h ininterruptas dos TAEs
Manoel iniciou a discussão sobre a jornada de trabalho dos Servidores Técnicos Administrativos apresentando uma breve retomada histórica sobre o tema. O IFSul, à época CEFET-RS, foi o primeiro Instituto a adotar a jornada de trabalho de 6h ininterruptas, que possibilitou a ampliação do horário de atendimento dos setores, o que representou um importante avanço para a qualidade do atendimento aos estudantes e comunidade em geral.

O coordenador destacou, também, que a jornada não é um benefício ou direito dos trabalhadores, mas um ato administrativo, que objetiva melhorar o desempenho da instituição – uma vez que possibilita o funcionamento dos setores no intervalos entre os turnos, quando a demanda é bastante intensa. Desde sua implantação, a jornada de seis horas se mostrou bastante positiva para a comunidade e o desempenho do IFSul como uma instituição de excelência tem sido comprovado e reconhecido ao longo dos anos.

Manoel destacou que é preciso ter tranquilidade, acreditar no trabalho que tem sido feito e manter uma postura adequada em relação às ameaças do governo. A postura do Sindicato é de defender a manutenção da jornada de 6h ininterruptas, até as últimas consequências. Neste sentido, o Sinasefe-IFSul estará acompanhando atentamente as negociações da gestão do Instituto com o MP e com o TCU, além disso, se necessário, estará preparado para mobilizar os trabalhadores.



O reitor do IFSul, Flávio Nunes, esteve presente na assembleia e ressaltou que a posição da gestão é de defender a manutenção da jornada de 6 horas ininterruptas. Ele falou sobre as ações que a gestão tem adotado para lidar com a medida cautelar, publicada no dia 7 de março, e salientou que irá até as últimas consequências nesta batalha. O reitor lembrou, ainda, das tentativas anteriores do MP de alterar a jornada dos servidores do IFSul, que foram, até a última instância, derrotadas.

Flávio afirmou, ainda, que na última reunião do CODIR foi unânime a posição dos diretores do IFSul de total apoio à manutenção da jornada de 6 horas ininterruptas. Além disso, nesta terça-feira, 20, uma reunião extraordinária do CODIR será dedicada ao tema e na quarta-feira, 21, às 13h o reitor fará uma transmissão ao vivo, em sua página no Facebook, para falar sobre o assunto.

Nilo Campos, ex-pró-reitor de gestão de pessoas do IFSul, destacou que este é um momento muito delicado para a categoria, pois estas investidas são de ordem política. Para Nilo, a medida é um abuso, por violar uma decisão transitada em julgado, ou seja, é uma perseguição aos servidores do IFSul. Além disso, ele destaca que a mobilização precisa ser conjunta, pois, embora nesta ação específica os alvos sejam os TAEs, os próximos serão os docentes. Os ataques fracionados são oportunos e objetivam a fragmentação da categoria.

A assembleia aprovou, com apenas um voto contrário, a posição formal do Sindicato na defesa da jornada de 6 horas ininterruptas e a solicitação, para o reitor, de que busque audiências com juízes federais e com membros do TCU para tratar do assunto.

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