Participantes do 8º Seminário Nacional de Educação refletem sobre o protagonismo


 A abertura do 8º Seminário Nacional de Educação contou com a análise da educação pública e as inovações do mundo moderno que a sociedade, segundo o palestrante Roberto Leher, cada vez mais é impulsionada ao desenvolver do saber. Para Leher, o conhecimento intelectual dos educadores brasileiros precisa ser transmitido a todos e uma das maneiras é por meio do "sindicalismo horizontalizado", que articula os núcleos do setor para que efetivamente o trabalhador seja protagonista.

A mesa de abertura do evento foi composta por: coordenador geral Sintest – RN, Jose Rebouças; pelo representante CSP-Conlutas, Juary Chagas; pelo representante do Andes, Geraldo Marques Carneiro; pelo diretor geral do Campus Natal (IFRN), José Arnóbio de Araújo Filho; pelo reitor do IFRN, Belchior de Oliveira Rocha representado pelo pro-reitor de planejamento, Willys Abel Farkatt Tabosa; pelo coordenador geral da Seção Natal (sediadora do evento), Sandoval Villaverde e; pelos coordenadores gerais do Sinasefe Nacional, Silvio Rotter, Shilton Roque e William Carvalho.

Nas considerações iniciais, Sandoval Villaverde saudou a expressiva participação das bases que superou a quantidade do VII Seminário, lotando um auditório com mais de 200 pessoas e fez explanação sobre a importância desse espaço diante da conjuntura política atual. Já William Carvalho emitiu sua expectativa com relação às contribuições que serão retiradas do Seminário nos próximos dias: "Teremos debates que definirão que tipo de trabalho e de educação queremos nas nossas instituições, apresentando projeto de escola/ ensino que atenda a sociedade brasileira".

Ainda saudando os participantes, Silvio Rotter fez chamamento para que as bases aproveitem para se organizarem politicamente a produzir conteúdos em resposta ao governo que massacra o trabalhador. Então Shilton Roque finalizou o momento completando que este é a ocasião para o contraponto: "Coloquemos nossas demandas nesse momento ímpar no qual temos uma proposta de educação emancipatória".

Especialista em educação, Roberto Leher, contextualizou a história e a atualidade
Roberto Leher, professor titular da Universidade do Rio de Janeiro - UFRJ proferiu palestra que historiou sobre diversas problemáticas históricas brasileiras entre elas as manifestações. Ele esclarece que os movimentos de esquerda são os impulsionam há muitos anos as organizações populares por melhores condições, e é indissociável a aliança aos sindicatos acerca da educação pública.

"Antes de qualquer massiva manifestação que hoje toma o Brasil, recordo que houve um engajamento arrebatador que fez a diferença em 2011 e 2012 nos quais foi protagonizado pelo Sinasefe, Fasubra e Andes o que demonstrou que a união que esta acima de qualquer aliança momentânea", declarou.

Não houve como desconsiderar as problemáticas causadas pela expansão da rede federal no discurso do especialista em educação no 8º Seminário, que classificou esse processo como o ajuste ao 'sistema educativo do capitalismo monopolista'. Para Roberto, o Estado está incorporando-se a área da ciência e tecnologia e um processo que quanto maior escolaridade maiores salários.

A horizontalidade sindical e o protagonismo
No intuito de solucionar a rotina de que os setores dominantes que representam os blocos de poder (que operam por meio de grandes confederações e corporações), Leher aponta a criação de um departamento nacional de educação, no qual os sindicatos devem se organizar de maneira horizontalizada: "Assim a educação deve se tornar uma agenda da classe trabalhadora, deixando de andar separadas".

Ele ainda destacou que o conhecimento intelectual e o domínio de ferramentas como a informática precisam ser utilizadas por nós para que possamos socializar no movimento e ate mesmo a toda sociedade todo o conhecimento científico produzido dentro dos sindicatos, "Precisamos ser realmente protagonistas dessa história" Leher finalizou.

Ao final Geovana Terra, coordenadora da mesa, avaliou que as palavras do professor Leher trouxe reflexão para como cada um pode se tornar verdadeiros protagonistas da educação, por meio do resgate histórico e ao apontar o papel de cada um.

Além disso, Geovana relatou que naquele exato momento estava ocorrendo uma manifestação em Vitória-ES, em cima de uma ponte na qual a polícia estava disparando balas de borracha sobre a população presente. "Nesse momento as pessoas estão nos representando, lutando por mudanças. Nossa voz está sendo levada e o Sinasefe repudia o uso de força para tentar os que querem a mudanças".

Para encerrar a atividade, Geovana ainda refletiu que os dias desta sexta e sábado que serão fundamentais para se conjecturar e tecer ideias sobre que educação ideal e possível.


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