Postagens

Presidente da Petrobras entrega R$ 10 bilhões e se curva a acionistas de Nova York

Imagem
​ A perda da soberania do país, a humilhação no cenário internacional e o desmonte da Petrobras são o fio condutor da nota que a Associação dos Engenheiros da Petrobras (Aepet) divulgou na sexta-feira (5). A questão que levantou a indignação dos profissionais da empresa estatal foi o acordo bilionário, de R$ 10 bilhões, para pagamento dos acionistas da empresa na Bolsa de Nova York, onde as ações são negociadas desde 2000. A direção da empresa justificou que fez o acordo para colocar fim a uma ação em curso na corte federal dos Estados Unidos. Os investidores alegam que foram lesados com as denúncias de corrupção na estatal. “… Este acordo elimina o risco de um julgamento desfavorável…. Além disso, põe fim a incertezas, ônus e custos associados à continuidade dessa ação coletiva. No acordo proposto para o encerramento da ação, a Petrobras pagará US$ 2,95 bilhões…”, disse em nota a empresa dirigida pelo tucano Pedro Parente. “O acordo não constitui reconhecimento

Islândia punirá empresa que pagar salário mais baixo para mulher

Imagem
A Islândia é considerada por muitos especialistas como um pequeno laboratório político, econômico e social. Na segunda-feira, a ilha de pouco mais de 320 mil habitantes começou o ano dando um basta a um dos derivados da discriminação contra as mulheres na vida pública: a diferença salarial. A notícia atende uma reivindicação histórica no país nórdico. As mulheres deixaram seus empregos quatro vezes nos últimos 42 anos para protestar contra a diferença salarial entre homens e mulheres; em 1975, 1985, 2005 e 2010. A partir de 1º de janeiro de 2018 (embora a iniciativa tenha sido aprovada na primavera passada pelo Governo anterior), as empresas com mais de 25 empregados que operem no país –que goza da maior taxa de emprego entre os países da OCDE (86,8% no último trimestre de 2017)– deverão tornar públicos os salários. No caso de um homem e uma mulher receberem uma remuneração diferente, apesar de fazerem o mesmo trabalho, a empresa em questão sofrerá sanções financeiras ainda

A economia está melhorando? Para quem?

Os consumidores de informações veiculadas pela grande mídia comercial se deparam a todo momento com notícias e comentaristas martelando bons índices econômicos, como a queda dos juros básicos, superávit da balança comercial e criação de empregos – mesmo com a eliminação de mais de 12 mil postos de trabalho apenas em novembro. Entretanto, recortes de dados mais aprofundados reforçam que essa suposta melhoria da economia está longe de beneficiar a população. Até o trimestre encerrado em novembro, a taxa de desemprego estava em 12%, segundo a Pesquisa Nacional por Amostragem de Domicílios (Pnad Continua) do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), o que significa 12,6 milhões de pessoas desocupadas no país. Segundo a pesquisa do IBGE, cerca da metade dos trabalhadores brasileiros sequer recebe um salário-mínimo por mês, cujo novo valor, de R$ 954, determinado pelo presidente não eleito Michel Temer, representa aumento de 1,8% em relação ao piso anterior, de R$ 937.

Salário mínimo tem o menor reajuste em 24 anos e sobe apenas R$ 17

Imagem
Entrou em vigor desde o dia 1° de janeiro o novo valor do salário mínimo no Brasil. Decreto assinado por Temer na última sexta-feira (29) fixou o seu valor em R$ 954, um aumento de apenas R$ 17 (1,81%). É o menor reajuste nos últimos 24 anos. O valor ficou abaixo até mesmo do valor anteriormente estimado pelo governo no Orçamento, que já era pouco, de R$ 965. O reajuste foi calculado com base na fórmula que leva considera a variação do INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor) do ano anterior, e o resultado do PIB (Produto Interno Bruto) de dois anos antes. Como o resultado do PIB de 2016 foi negativo, o reajuste do salário mínimo foi calculado apenas pelo INPC. Contudo, ao calcular o novo valor, o Ministério do Planejamento descontou ainda R$ 1,41. O desconto, segundo o governo, foi aplicado para compensar o ajuste acima da inflação dado ao salário mínimo de 2017. Por isso, apesar de estimar que o INPC fechará 2017 em 1,88%, o reajuste final ficou em 1.81%. Para b

Governo recua de portaria que dificultava trabalho escravo e edita novo texto

Depois de sofrer uma enxurrada de críticas dentro e fora do país, o Ministério do Trabalho publicou uma nova portaria sobre as regras de combate ao trabalho escravo no Brasil. O texto foi publicado na última edição do ano do Diário Oficial da União, na sexta-feira (29). O novo texto (portaria 1.293/17), na prática, revoga a portaria anterior (1.129/17), que havia afrouxado a fiscalização e punição ao trabalho escravo. A medida estava suspensa desde outubro por decisão liminar da ministra Rosa Weber, do Supremo Tribunal Federal. Na famigerada portaria anterior, haviam sido flexibilizados conceitos fundamentais sobre o trabalho escravo, como trabalho forçado, jornada exaustiva, condição degradante, bem como se restringia a divulgação da chamada “lista suja” com a identificação das empresas flagradas com a prática de trabalho escravo. A medida foi um agrado do governo Temer à bancada ruralista, em meio às negociatas com o Congresso para livrar Temer dos processos por corrupção en

No primeiro mês da "reforma" trabalhista, país perde empregos formais

Em novembro, mês em que entrou em vigor a Lei 13.467, de "reforma" da legislação trabalhista, o país fechou 12.292 vagas com carteira assinada (-0,03% de variação no estoque), segundo o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho, divulgado nesta quarta-feira (27). Segundo o ministro Ronaldo Nogueira, o resultado "não significa uma interrupção do processo de retomada do crescimento econômico". Ele afirmou que a queda em novembros anteriores foi maior. A indústria de transformação eliminou 29.006 postos de trabalho formais (-0,39%) em praticamente todos os segmentos. A construção cortou 22.826, na segunda maior queda percentual: -1,04%. A maior foi registrada na agricultura, com influência sazonal – 21.761 a menos (-1,34%). O comércio abriu 68.602 vagas (0,76%), principalmente no varejo, o que era esperado devido ao movimento de fim de ano. Também fecharam vagas os serviços (-2.972) e a administração pública (-2.360).

Temer usa liberação de recursos aos estados para barganhar reforma da Previdência

Imagem
O ministro da Secretaria de Governo, Carlos Marun, confirmou nesta terça-feira (26) que o governo Temer tem se utilizado da liberação de recursos para pressionar governadores a apoiarem a proposta do governo de reforma da Previdência, que pretende restringir o acesso à aposentadoria.  "Realmente o governo espera daqueles governadores que têm recursos a serem liberados, financiamentos a serem liberados, como de resto de todos os agentes públicos, reciprocidade no que tange à questão da (reforma da) Previdência", disse o ministro. Empréstimos em instituições federais, como Banco do Brasil, Caixa Econômica e BNDES, só seriam liberados a estados e municípios com prefeitos e governadores alinhados com o projeto do governo e que pressionem os deputados federais de seus estados a apoiar a aprovação da PEC 287. Segundo nota publicada pelo jornal O Estado de S. Paulo na última semana, o primeiro a sofrer pressão, com o risco de não ter os empréstimos liberados, foi o g