15 DE MARÇO SERÁ DIA NACIONAL DE PARALISAÇÕES E LUTAS CONTRA A REFORMA DA PREVIDÊNCIA


As centrais sindicais confirmaram a realização, em 15 de março, de um Dia Nacional de Paralisações e Lutas contra a PEC (Proposta de Emenda à Constituição) 287, de reforma da Previdência. Os trabalhadores em Educação já haviam aprovado, em congresso da CNTE (Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação), uma paralisação nessa data.

Como parte do calendário , também está previsto para a próxima terça-feira (21), que representantes das centrais irão a Brasília para reuniões com parlamentares e líderes partidários para pontuar o repúdio da classe trabalhadora contra qualquer medida que vise atacar direitos.

“A CSP-Conlutas defende que é necessário fazer assembleias nos locais de trabalho, é necessário fazer um amplo movimento na base, é necessário pressionar os parlamentares no seu estado formando comitês unitários contra a reforma da Previdência e fazer uma ampla mobilização. Queremos que todas as centrais sindicais parem suas bases nesse dia, porque apenas uma paralisação geral, apenas uma Greve Geral é capaz de derrotar essa reforma da Previdência”. A afirmação do dirigente Luiz Carlos Prates, o Mancha, da Secretaria Executiva Nacional da CSP-Conlutas reforça a posição da Central sobre a importância da mobilização e construção dessa data.
Trabalhadores em Educação

O setor da Educação foi um dos mais atingidos pela PEC 55 que congelou por 20 anos os repasses das áreas sociais e também está entre os alvos preferenciais da reforma da Previdência, que incide especialmente sobre a retirada de direitos das mulheres, quase 80% do magistério.

Na última quarta-feira (8), foi aprovada no Senado a reforma do Ensino Médio (Projeto de Lei de Conversão 34/2016, originado a partir de alterações na Medida provisória 746/2016). Agora, o texto da reforma será encaminhado para sanção presidencial para entrar em vigor. Diante disso, a Greve Nacional da Educação marcada para 15 de março, enfrenta além da retirada de direitos trabalhistas, também as reformas anti-educacionais. A Lei da Mordaça, representada pelos projetos ideologicamente identificados com a política da Escola Sem Partido, também caminha na mesma direção.

A reforma do Ensino Médio estabelece uma mudança estrutural da base curricular. Serão criados cinco itinerários formativos, que são: Linguagens, Matemática, Ciências da Natureza, Ciências Humanas e Sociais Aplicadas e Formação Teórica e Profissional. Na mídia, o governo alardeou que os estudantes poderão escolher áreas de seu interesse, mas no projeto aprovado as escolas não são obrigadas à oferecer todos os itinerários e sim, pelo menos um deles. Ou seja, se o itinerário “de interesse” do estudante não for oferecido próximo de sua residência, não haverá qualquer escolha, uma vez que transporte escolar não é contemplado no projeto.

O Dia Nacional de Lutas, neste 15 de março, aprovado pelas centrais sindicais, e com os setores que atuam na área da Educação à frente, expressam a disposição de luta dos trabalhadores. “Está na hora de arregaçar as mangas e botar o bloco na rua! É importante que todos aqueles comprometidos com a luta dos trabalhadores façam um bom trabalho de base. Somente derrotaremos o governo e os ataques se construirmos uma grande Greve Geral no país”, conclamou Mancha, da Executiva da CSP-Conlutas.

Uma das principais bandeiras do 15 de março é denunciar as reformas da Previdência e Trabalhista propostas pelo governo Temer e dizermos em alto e bom som que não aceitaremos esses ataques aos direitos dos trabalhadores.



Fonte: CSP Conlutas

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