Precarização de condições de trabalho

A precarização de condições de trabalho nos Institutos Federais é comprovada por TCU
Uma auditoria realizada pelo Tribunal de Contas da União -TCU confirmou as más condições dos Institutos Federais que são reivindicadas pelos servidores desde a implantação do Pro-natec, em que um de seus programas consiste na expansão de Câmpus por todo o Brasil. A falta de professores para os cursos e técnicos para laboratórios e/ou bibliotecas, quando existem,fo-ram os principais problemas apontados pelo relatório, que analisou o período de agosto de 2011 a abril de 2012. A ausência de cerca de 8 mil professores e mais de 5 mil técnicos na rede também foi constatada e o Sinasefe agrega mais um instrumento para comprovaro desleixo do governo com a educação. No GT Políticas Educacionais e na 116ª Plenária do Sinasefe, docentes e técnicos administrativos das instituições federais denunciaram e debateram, mais uma vez, sobre essas problemáticas geradas a partir da expansão acelerada, que desvia os trabalhadores de suas áreas de formação para suprir as falhas e falta de estrutura.
Na auditoria, o TCU aponta que o Distrito Federal e o estado do Acre lideram a lista de IF com maior carência de professores com 40% das vagas ociosas. Em seguida está Mato Grosso do Sul (38%), Amapá (35%) e São Paulo (32%).
Apenas 44% dos professores dos câmpus concordaram que as bibliotecas têm a bibliografia recomendada aos alunos nas disciplinas em que lecionam. As bibliotecas funcionam sem a quantidade de servidores suficientes para os três turnos, muitas vezes fechadas antes do término dohorário de aulas. Foi diagnosticada a evasão de mais de 50% de estudantes em um curso específico do Instituto Federal de Brasília –IFB, em 2012.
Diante dos fatos apresentados no documento, o TCU emitiu recomendações à Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica (SETEC/MEC) para que formule junto aos Institutos Federais soluções para os problemas estruturais iniciados a partir da expansão da Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica.O MEC tem até 180 dias para apresentar um plano de ação que combata a evasão, medidas que promovam maior integração entre ensino, pesquisa e extensão, principalmente em campi que estejam em regiões de menor desenvolvimento econômico e; resolva o déficit de docentes e técnicos, entre outras especificidades.

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