GOVERNO APRESENTA PROPOSTA AOS DOCENTES
A ministra do Planejamento, Orçamento e Gestão, Miriam Belchior, e o
ministro da Educação, Aloizio Mercadante, anunciaram nesta
sexta-feira, 13 de julho, a proposta do Governo para a reestruturação
das carreiras dos professores do Serviço Público Federal.
De acordo com a proposta, todos os docentes federais de nível superior
terão reajustes salariais ao longo dos próximos três anos. Os
professores terão até 45% de aumento salarial e outras possibilidades
de progressão de carreira.
O salário inicial dos professores com Doutorado e com dedicação
exclusiva será de R$ 8,4 mil. O salário dos professores já ingressados
na universidade, com título de Doutor e dedicação exclusiva passarão
de R$ 7,3 mil para R$ 10 mil. A remuneração dos professores titulares
com dedicação exclusiva passará de R$ 11,8 mil para R$ 17,1 mil.
A proposta, de acordo com Miriam Belchior, reduz os degraus da
carreira, permitindo progressão mais rápida, principalmente para os
servidores com dedicação exclusiva.
“Estamos em busca de uma academia de referência, que valorize a
dedicação exclusiva, a produção cientifica, a titulação, a valorização
dos nossos doutores, a excelência, o expertise e as patentes. Esta
reestruturação de carreira vai incentivar a formação profissional”,
afirmou a titular do Planejamento.
Segundo a ministra, há convicção por parte da presidenta Dilma
Rousseff de que a Educação é prioridade do Governo.
“O quesito chave para que tenhamos melhor educação são os professores.
Estamos estruturando a carreira de modo a manter professores
qualificados e atrair mais docentes para o quadro. Por isso o Governo
entende como importante esta proposta, mesmo com a situação econômica
internacional ruim”, acrescentou Miriam Belchior.
Os professores já receberam 4% de reajuste em 2012, concedido por meio
da Medida Provisória 568, retroativo a março. A nova proposta tem
impacto de R$ 3,9 bilhões no Orçamento Federal, e beneficiará 105 mil
docentes nas universidades e 38 mil nas escolas técnicas.
“A proposta está construída a partir dos eixos das universidades, que
são o ensino, a pesquisa e a extensão. Hoje, 86% dos docentes são
Doutores com dedicação exclusiva, e a reestruturação vai incentivar
aos professores que não têm títulos a continuarem sua formação”,
explicou o ministro Aloizio Mercadante.
Além da possibilidade de progressão pela titulação, os professores dos
Institutos Federais de Educação, Ciência e Tecnologia, poderão
participar de um novo processo de certificação do conhecimento
tecnológico e da experiência acumulados ao longo da atividade
profissional.
Desta forma, o Governo Federal atende a reivindicação histórica dos
docentes, que pleiteavam um plano de carreira que privilegiasse a
qualificação e o mérito. Além disso, torna a carreira mais atraente
para novos profissionais e reconhece a dedicação dos professores mais
experientes.
Finalmente, com a sanção da lei 12.677\2012, o Governo Federal criou
77 mil novos cargos para professores e técnicos para as universidades
e institutos federais.
fonte: Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão