#05deDezembro: Base do Sinasefe-IFSul mobilizada contra a reforma da previdência e os ataques do governo
A terça-feira, 5/12, ficou marcada por mais um dia de luta dos trabalhadores contra a reforma da previdência e os ataques do governo. O dia nacional de paralisação, convocado pelo Sinasefe Nacional, teve ampla adesão da base do Sinasefe-IFSul, que esteve presente em diversas mobilizações pelo estado. A paralisação no instituto foi discutida em diversas reuniões locais de base e aprovada em assembleia geral, realizada no dia 30 de novembro.
Convocada inicialmente como Greve Geral, a mobilização dos trabalhadores pressionou o governo, que adiou a votação prevista para o dia 6/12. O movimento teve um importante impacto, nesse momento delicado de tensionamento, mas é fundamental que os movimento mantenham-se alertas para qualquer tentativa de votação que possa ocorrer nos próximos dias.
Além da reforma da previdência, o Dia Nacional de Paralisação e mobilização também teve como pauta: a revogação da Reforma Trabalhista e das leis de terceirização; a revogação da Emenda Constitucional nº 95, que congela investimentos em áreas sociais e sucateia os serviços públicos; a retirada de todos os projetos de lei e medidas provisórias que atacam os direitos do funcionalismo público; o arquivamento do PLS 116, que prevê a demissão de servidores públicos estáveis; a revogação da MPV 805, que congela reajuste salarial de servidores públicos e eleva a contribuição previdência de 11% para 14%; a suspensão do pagamento e auditoria com participação popular da dívida pública para garantir serviços públicos de qualidade à população.
Mobilização em Pelotas
Em Pelotas, a mobilização iniciou pela manhã, na Câmara de Vereadores, onde representantes dos movimentos sociais, sindicais e população esteve pressionando os vereadores para barrar a implantação do lixão na cidade. O projeto da vereadora Zilda Bürkle, já aprovado e vetado pela prefeita Paula Mascarenhas, inclui no Código do Meio Ambiente do Município a proibição de que se traga lixo de outras cidades para Pelotas.
Com a pressão popular, o veto foi derrubado, e o projeto aprovado. Assim, fica proibida a instalação do aterro sanitário na região do Cerrito Alegre, evitando a contaminação do lençol freático da região e, consequentemente, prejuízos para a produção rural. A plenária também aprovou uma moção de vereadores contrários à Reforma da Previdência, que será encaminhada ao Congresso Nacional.
Durante a tarde, os manifestarem se reuniram no largo do Mercado Público de Pelotas, onde foi realizado um ato show. Com música, falas dos movimentos sociais, sindicais e apresentações artísticas, a atividade promoveu a aproximação com a comunidade local e o diálogo sobre os ataques da reforma da previdência e dos demais projetos do governo Temer.
Mobilização em Passo Fundo
Nesta terça-feira, 5, pela manhã, servidores e estudantes do IFSul Passo Fundo estiveram presentes no auditório do campus para discutir as ameaças à educação, orquestradas pelo governo federal e que tramitam no legislativo. Após a conversa, a comunidade acadêmica se reuniu, em frente ao campus, com faixas e cartazes com mensagens em defesa da educação pública, gratuita e de qualidade e em apoio aos Institutos Federais.
Mobilização em Porto Alegre
Em uma intensa agenda de mobilização, os servidores do IFSul da região metropolitana se reuniram em Porto Alegre para protestar contra a reforma da previdência e contra os ataques do governo. No início da manhã, os manifestantes se reuniram na estação rodoviária da capital, onde panfletaram e dialogaram com a comunidade sobre as ameaças dos projetos que tramitam no legislativo. Na sequência, seguiram em marcha para o INSS, onde houve um ato em defesa da previdência social.
Após a atividade em frente ao INSS, os manifestantes seguiram em marcha até o palácio Piratini, para mais um ato. Em frente ao Piratini, eles rechaçaram o governo Sartori e seus incessantes ataques aos trabalhadores do estado, que desde o início de seu governo recebem salários parcelados. O grupo protestou, também, contra as investidas do governo do estado em privatizar todo o patrimônio possível do Rio Grande do Sul. Durante a tarde, um Sarau político-poético-musical encerrou as atividades.