ASSEMBLEIA GERAL DO SINASEFE-IFSUL APROVA PARALISAÇÃO NESTA QUINTA-FEIRA, 7 DE JUNHO


A Assembleia Geral do Sinasefe-IFSul, realizada nesta segunda-feira, 4, aprovou por ampla maioria a paralisação das atividades no Instituto no dia 7 de junho. A data, convocada como Dia Nacional de Mobilização pelo Fonasefe e Fonacate, tem como pautas: A Redução e congelamento dos preços dos combustíveis e do gás de cozinha; Defesa da Petrobras 100% estatal e com controle dos trabalhadores; Contra a privatização da Eletrobras e a entrega da Embraer.

A mesa, composta pelo coordenadores do Sindicato de Ação, Manoel Porto Jr., e de Políticas Educacionais, Daniela Curcio, iniciou a assembleia com os informes para a categoria. A mesa comentou a decisão do TCU de acolhimento parcial do recurso do IFSul no processo sobre as 6 horas ininterruptas. No entanto, destacou que uma avaliação mais detalhada da decisão só poderá ser realizada após a divulgação completa do parecer.

Manoel destacou o ato unificado realizado na última quarta-feira, 30, em Pelotas, que reuniu mais de duas mil pessoas no centro de Pelotas. O movimento teve como pauta: A redução do preço dos combustíveis e gás de cozinha; Petrobras 100% pública e estatal. Não às privatizações e às parcerias público-privadas; Contra as reformas do Temer e o teto de gastos; e Fora Temer! Em defesa da democracia. Ditadura nunca mais!

A mesa comentou, ainda, a pauta da Campanha Salarial Unificada 2018 dos Servidores Públicos Federais, protocolada no final de fevereiro. A pauta completa está disponível neste link. Após, Manoel fez a leitura do resumo da última reunião do Sindicato Nacional com a Setec/Mec. O encontro discutiu pontos específicos levado pelo Sinasefe, não tratando da campanha salarial pontualmente. O resumo da reunião está disponível no site do Sinasefe-IFSul.
Foram dados informes, ainda, sobre o adiamento do 3º Encontro Nacional de Educação, que será realizado somente em 2019. Também sobre a construção de um projeto de Formação Sindical, organizado por 11 entidades de Pelotas; e a expressiva participação do Sinasefe-IFSul no curso de Formação em Economia Política, do Instituto Mário Alves.


Análise de Conjuntura:

O coordenador de ação do Sinasefe-IFSul, Manoel Porto Jr., iniciou o debate de conjuntura destacando os efeitos devastadores dos dois anos da implantação do projeto da direita no país. Desde a posse de Michel Temer, temos o aumento da mortalidade infantil – após um período de 15 anos em queda -; avanço do desemprego e precarização das condições de trabalho; redução do número de inscrições do Enem; retorno de epidemias; entre outros. Estes são apenas alguns dos efeitos que já podem ser observados, em período de apenas dois anos.

A crise dos combustíveis, que colocou o país em situação de alerta nas últimas semanas, é mais uma construção que se inicia com a tomada do poder por Michel Temer. Desde sua posse, o presidente ilegítimo demonstra o interesse em abdicar da soberania nacional, entregando o petróleo e a Petrobras. Para executar este plano, o governo vem desgastando a imagem da empresa com o povo e elevando o custo dos combustíveis através de uma política de venda do petróleo bruto para o exterior a baixos preços e compra de combustíveis de refinarias estrangeiras em dólar. Enquanto isso, as refinarias brasileiras são esmagadas, operando, muitas vezes, com apenas 50% de sua capacidade.
Diante deste processo, surge o movimento dos caminhoneiros, que embora apresente a pauta legítima da necessidade de redução dos preços dos combustíveis, acabou apropriada pelo empresariado e movimentos conservadores. Com isso, um movimento que deveria pautar o fortalecimento da produção e refinamento interno do Petróleo – que poderia reduzir significativamente os preços do combustível -, o movimento acabou se misturando com bandeiras neoliberais e, até mesmo, com pedidos de intervenção militar.

Neste contexto, durante a análise de conjuntura, se chegou ao consenso de que é o momento dos trabalhadores assumirem o protagonismo das mobilizações deste ano. Mas com a clareza de que somente a democracia pode garantir as lutas, inclusive o direito ao contraditório. O coordenador do Sinasefe-IFSul, Ricardo Nogueira, destacou as contradições que permearam o movimento dos caminhoneiros, lembrando dos perigos desse avanço do discurso conservador. Segundo ele, o discurso que busca desconstruir a importância dos movimento sociais, sindicais e políticos, visa exclusivamente o esvaziamento das consciências, para facilitar o processo de dominação.

A assembleia geral aprovou, ainda, um pedido oficial da categoria pelo adiamento da reunião do CONSUP, marcada para o dia 7 de junho. A reunião deverá ser realizada na sexta-feira, 8. Bem como os pedidos de liberação para os coordenadores do Sinasefe-IFSul, Ricardo Nogueira e Manoel Porto Jr., manterem os seus cargos enquanto exercem Função Gratificada e Função de Coordenação de Curso.

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