Participação da Seção Sindical do SINASEFE/IFSul-RS no GT de Políticas Educacionais e Culturais



Nei Fonseca. Professor IFSul/Bagé

Nos dias 9 e 10 de outubro do ano corrente, em conformidade com a convocação da Coordenação Geral do SINASEFE (Oficio Circular nº 24/2014), a Seção Sindical SINASEFE/IFSul-RS esteve presente no encontro do GT de Políticas Educacionais e Culturais em Brasília, realizado no Hotel Brasil 21.
O encontro apresentou como objetivos principais: a organização do Seminário nacional de Educação, que ocorrerá em abril de 2015, na cidade de Porto Seguro – Bahia; definir as diretrizes políticas para a revista do SINASEFE.
A programação do encontro iniciou com a apresentação do Secretário-adjunto de Políticas Educacionais e Culturais, companheiro Ronaldo Naziazeno, do IFBA, versando sobre a pergunta: Quais as perspectivas educacionais a partir do novo PNE? Conforme a exposição do companheiro, o novo PNE não apresenta de forma propositiva e comprometida metas e reflexões que contemplem as demandas da Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica, e por esta razão, o aspecto que se destaca é o financiamento (e sua gerencia) direcionado para este âmbito da educação nacional. Segundo Naziazeno “se o sobrenome do PNE é mercantilização, o sobrenome da expansão é precarização”.
“O PNE transmuta a histórica bandeira da aplicação dos 10% do PIB em educação pública para aplicação dos 10% do PIB em educação. A sútil diferença, irmanada com o espirito descrito anteriormente é o que possibilita a conversão do direito à educação, num serviço e possibilita que a iniciativa privada lucre à custa do dinheiro público”.
“Mas o PNE vai além! Em sua estratégia 19.1, condiciona-se a transferência de recursos voluntários da União para os entes federados à existência de legislação específica que regulamente a matéria e vincule a “nomeação” dos diretores de escola a “critérios técnicos de mérito e desempenho”, abrindo caminhos para critérios tecnicistas, em detrimento da concepção de que a escola é o locus privilegiado para formular critérios de democracia participativa, sem imposição de critérios heterônomos!”
O debate versou também sobre o acesso ao ensino público brasileiro, evidenciando a importância das lutas de grupos e movimentos sociais que almejam garantir a representatividade, ainda pouco expressiva, de grupos raciais, étnicos, culturais e sociais, plurais na conjuntura da educação nacional.

(C0NTINUA)

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