PROIFES, Sindicalismo a reboque
Mostrando total desrespeito as decisões da base, o PROIFES Federação afirmou na mesa de negociação do ultimo dia 1º que aceitaria e assinaria a proposta do governo. De fato, das 7 (sete) Universidades onde os sindicatos são filiados a esta entidade, uma, UFScar, foi favorável a proposta e quatro contra. O IFPR também se posicionou contra a proposta. Ressalte-se que das cinco Universidades , apenas uma, UFScar, voltou as atividades normais.
Contrariando a decisão destas quatro Universidades, o resultado do "plebiscito" contou com votos das mesmas fazendo parecer que esta atitude serviu, apenas, para aumentar a "legitimidade" da consulta, pois um número significativo(?) de filiados haviam votado.
Para se ter uma ideia, vinte e sete das quarenta e três instituições consultadas tiveram menos de vinte votos cada, quando nas assembleias das Universidades filiadas ao ANDES e Institutos Federais filiados ao SINASEFE tiveram, em sua grande maioria, mais de 100 servidores presentes. Na UnB, por exemplo, a consulta eletrônica contou com a participação de 42 docentes, enquanto a assembleia presencial contou com 313. Ainda no caso da UnB, na consulta eletrônica, 88% dos votantes foram a favor da proposta o que implicaria a saída desta universidade do movimento paredista. Por outro lado, em sua assembléia presencial, foram 259 votos pela permanência na greve rejeitando a proposta do governo contra 54 votos pela saída e a favor da proposta.
Deste modo considera-se, no mínimo, imoral a conduta dos "representantes" da classe trabalhadora ao assinarem um acordo rebaixado e que trará imensos prejuízos a categoria no futuro.(Boletim Especial de Greve – Nº 010 – 03 de Agosto de 2012)