Reunião Ampliada do Fonasef define calendário de lutas dos SPF
O Fórum das Entidades Nacionais dos Servidores Públicos Federais (Fonasef) realizou na última quinta-feira (09/02) a primeira Reunião Ampliada da Campanha Salarial 2017, que aconteceu na sede do Sindsep-DF, em Brasília-DF. O evento discutiu com as bases do funcionalismo federal as principais estratégias para barrar as contrarreformas da Previdência e Trabalhista - propostas pelo governo Temer e que já tramitam no Congresso Nacional - e também definiu a pauta da Campanha Unificada dos Servidores Públicos Federais (SPF) para este ano. Um calendário de lutas para as próximas semanas foi acordado pelos participantes da Reunião Ampliada.
Agenda de lutas
O Fonasef indicou a adesão dos SPF às mobilizações já marcadas para os dias 22 de fevereiro, 8 e 15 de março. Nessas datas, os servidores farão protestos, atos públicos e paralisações em todo o país contra a retirada de direitos, para fortalecer a Campanha Salarial 2017 e a construção da greve geral no país. Uma caravana a Brasília-DF está prevista para o dia 28 de março, data do início da votação da contrarreforma previdenciária.
Análise conjuntural
Durante a análise de conjuntura, pela manhã de 09/02, foram destacados os efeitos nefastos das contrarreformas da Previdência (PEC 287/2016) e Trabalhista (PL 6787/2016), junto aos já aprovados PLP 257/2016 e PEC 241-55/2016.
Saulo Arcangeli, representante da CSP-Conlutas, afirmou que a contrarreforma da Previdência, se aprovada pelo Congresso Nacional, será cruel aos trabalhadores e em hipótese alguma as centrais sindicais e entidades classistas devem negociar com o governo. "A contrarreforma da Previdência será muito cruel para as mulheres - devido a jornada dupla e, às vezes, tripla que precisam fazer -, e também para os trabalhadores do campo, da construção civil, vigilantes, entre outros setores, que devido a sua rotatividade ficam diversos períodos sem trabalhar. Além disso, temos também a pensão por morte que será reduzida pela metade e o auxílio saúde que será desvinculado do salário mínimo. Por todos esses ataques, é fundamental dialogar com a base, a juventude, indígenas, quilombolas e sociedade em geral, pois é uma reforma que pegará todo mundo. Precisamos ir para as ruas para derrotar esse projeto neoliberal", argumentou Arcangeli.