#OcupaIFSul Ocupação inicia com força e de forma pacífica no campus Pelotas
Com mais de 400 escolas ocupadas por todo o país, estudantes do Instituto Federal Sul-rio-grandense se somam à Greve Geral dos Estudantes.
Desde o meio da tarde de domingo, 16, mais de cem estudantes ocupam o campus Pelotas do IFSul. Com faixas e cartazes contra a PEC 241, PL 257, Projeto Escola Sem Partido e Reforma do Ensino Médio, eles lutam pela educação. Por uma educação pública, gratuita e de qualidade que encontra-se mais do que nunca ameaça pelos projetos que tramitam no legislativo brasileiro, especialmente a PEC 241, que congela os investimentos na educação por 20 anos.
A ocupação do campus foi decidida em assembleia geral dos estudantes realizada na última terça-feira, 11, que contou com um quórum de 6% dos estudantes do campus. Esta participação garante a legalidade da decisão, uma vez que é necessária uma representação de, pelo menos, 5% para legitimar a assembleia. Segundo líderes do movimento, dos quase duzentos presentes na assembleia apenas um manifestou contrariedade à ocupação.
Além do apoio dos estudantes, a ocupação conta com a apoio de pais, professores e entidades de classe. Até o momento, ASUFPel, CPERS e Sinasefe-IFSul já manifestaram apoio ao movimento dos estudantes. Para as lideranças do movimento, é indispensável este apoio, especialmente para auxiliar no diálogo com a comunidade e aumentar esta ocupação que é de todos que apoiam e lutam pela educação.
Ocupação pacífica: A ocupação teve início na tarde de domingo, 16, quando aproximadamente cem estudantes tentaram entrar pela portaria do campus. Como esta não foi aberta, um pequeno grupo pulou o muro do estacionamento e então a portaria foi liberada para que todos tivessem acesso ao interior do prédio. Segundo representantes dos estudantes e dos servidores, que estavam no local, não houve tentativa de arrombamento e nem depredação do patrimônio.
Pautas: Segundo as lideranças, o principal objetivo do movimento é barrar a votação da PEC 241, também conhecida como PEC do Fim do Mundo, que congela os investimentos em educação, saúde e assistência social por 20 anos. “Queremos educação de qualidade e assistência social, pois sem isso pobre não pode estudar, como já afirmou o deputado. Nós iremos resistir, não iremos arredar o pé daqui enquanto a PEC 241 não parar” afirmou uma aluna.
Além da PEC 241, os estudantes estão mobilizados contra o PL 257, o projeto Escola Sem Partido e a Reforma do Ensino Médio. Projetos que tramitam de forma acelerada no legislativo e ameaçam a educação, especialmente em questões como acesso, permanência e qualidade do ensino, ou seja, atacam diretamente as camadas mais pobres da sociedade.