II FÓRUM MUNDIAL DE EDUCAÇÂO PROFISSIONAL E TECNOLÓGICA


Companheiros e companheiras:
Aqui minhas impressões sobre o II FMEPT:
Dia 26 a Comissão Temática se reuniu à tarde para iniciar a Carta de Florianópolis. Estava no Comitê Organizador – CO, na Comissão de Sistematização e Temática representando o SINASEFE e o Conselho Internacional do FME – CI/FME.
Dia 27 desde as 9 horas que o credenciamento teve filas com um grande número de pessoas de fora chegando. Foram 27200 inscrições e 16600 credenciamentos. 
Dia 28 às 19 horas foi a abertura com a fala do Ministro da Educação. Este quando falou em valorização dos professores/as e depois de como o governo estava atendendo as reivindicações da categoria ouviu uma monumental vaia. Enquanto finalizava sua fala, milhares gritavam: mentira! mentira !
Dia 29 pela manhã entre as atividades auto-gestionadas uma foi proposta pela Seção Sindical de  Florianópolis, que discutiu a expansão da rede.
Assisti a 1ª Conferência: Educação, Universalização e Democratização com Rosa Bastos de Portugal, Peter Javis da Inglaterra e Carlos Abicalil do Brasil. Tanto as falas como o debate foram muito interessantes.
A tarde havia um Observatório e três Debates, assisti ao Debate Ações Afirmativas para a EPT onde foram tratadas as questões de gênero e das cotas, sendo que esta gerou polêmica nas manifestações. 
O Observatório 2 teve a relatoria do SINASEFE com a companheira Geovana da Coordenação de Políticas Educacionais e Culturais.
No final da tarde houve a reunião do CI/FME, cuja ata devo fazer e mandarei depois.
No dia 30 coordenei a Conferência Educação, Emancipação e Trabalho. Um palestrante foi Julio Rogero Anaya da Espanha e o outro foi o americano Fredric Litto. O primeiro falou na inclusão através da pedagogia do cuidado com o outro e com o planeta, linha muito trabalhada por Leonardo Boff, e embasada nos princípios da ética, da tolerância e da solidariedade que devem permear o fazer cotidiano dos educadores/as. O segundo falou em Educação a Distancia, se manifestou conservador, racista e elitista. No debate recebeu inúmeras críticas, as respondeu e estava criada a polêmica. Foi feita uma Moção de Repúdio a sua presença no Fórum. Foi um debate bom. 
No final do debate uma aluna falou na greve das universidades e encerrei anunciando o indicativo de greve do SINASEFE para o dia 13 de junho.
Da Conferência fui ao hall do Centro de Convenções onde, com vários companheiros/as do SINASEFE, fizemos panfletagem sobre nossa greve.
À tarde assisti ao Debate Trabalho e Educação numa perspectiva Emancipatória, com Moacir Gadotti, Gaudêncio Frigotto e Guillermo Sperb do Chile. A sala precisou ser adaptada para acolher o enorme número de interessados/as na palestra. Gaudêncio analisou o Pronatec e concluiu: ”é uma bomba para a rede, pois tem o recurso desconectado do projeto. Vamos dizer, com muito cuidado, ao MEC:  parem que este projeto não emancipa”.
No final da tarde houve a segunda reunião do CI com a avaliação da proposta do próximo FMEPT, entre outros assuntos.
Dia 31 não assisti a Conferência: Educação, Tecnologia e Sustentabilidade para ver alguns pôsteres, e um pouco da programação cultural e da economia solidaria. Os estandes do projeto Mulheres Mil estavam ótimos! 
À tarde assisti ao Debate A EPT no contexto da Reestruturação Produtiva com uma professora francesa, um uruguaio, um espanhol e um representante do MEC – BR. Embora muito interessantes as falas dos estrangeiros que trouxeram informações sobre as carreiras e os salários em seus países, 90% das perguntas no debate foram orientadas ao representante do MEC que falou sobre o Pronatec e foi bastante criticado.
O que se observou é que o MEC ocupou dois ou três debates para falar no Pronatec, mas a maioria absoluta dos/as presentes, pessoas da nossa rede, demonstraram estar acompanhando, estudando, entendendo a proposta e não a aceitam. Embora nós, sindicato, não estejamos mergulhados nesta questão, nossa rede está e com competência, com riqueza de argumentos.
Na reunião do CI/FME, alguns internacionais queriam entender o que é afinal o Pronatec e porque da reação tão forte à proposta. 
À noite e na manhã do dia 1º, reunimos seis integrantes da Comissão Temática – 4 da Comissão e 2 do CI/FME para construir a Carta agora com os encaminhamentos chegados dos relatórios das 3 Conferências, dos 9 Debates e dos 3 Observatórios.
Segunda feira estará no site do Fórum: WWW.forumedutec.org e eu estarei enviando para a nossa base. 
Dia 01 às 14 horas foi o encerramento deste II FMEPT. Houve uma homenagem à Zilda Arns Neumann que morreu no Haiti em mais uma missão humanitária e cujo trabalho de educação inclusiva, preocupada com a sustentabilidade e salvando vidas de crianças em alguns dos países mais pobres do mundo é bastante conhecido.
Houve uma Moção de Apoio à Comissão da Verdade, com a presença de pessoas que viveram o tempo obscuro da ditadura e foram homenageados 10 estudantes, diretores ou militantes da UNTE – União Nacional dos Estudantes das Escolas Técnicas, que foram mortos ou torturados pela ditadura. Eram das Escolas: ETF-CE, ETF-SP, ETF-BA, ETF-Patrobé – RS, ETF-OP e ETF –Recife. Tenho os nomes destes estudantes e penso que talvez o SINASEFE possa trabalhar um pouco esta questão.
O CI/FME lançou o III FMEPT que deverá acontecer daqui a dois anos em Pernambuco. A companheirada fez uma festa com o anúncio!
Foi um Fórum muito grande, com discussões de qualidade, com as atividades sempre com um bom número de participantes e acho que está consolidado como um evento importante para a nossa rede.
Foi importante o número de estudantes presentes. Tinham ônibus do Goiânia, Tocantins, Bahia, Pernambuco, Alagoas, do Paraguai e outros. Penso em propor ao CI na próxima reunião  termos atividades voltadas a estes jovens que ainda ouvem muito e falam pouco.
Assim como para nós é muito importante ouvir as palestras, para eles também é. Mas acho que podemos envolvê-los mais nas discussões.
Foi gratificante encontrar tantos companheiros e companheiras das diversas Seções Sindicais durante as atividades.
InformeTania Guerra
02/06/12

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