REUNIÃO SOBRE CARREIRA DOCENTE



No último dia 13/4 aconteceu mais uma reunião do Governo (MEC, MPOG e SETEC) com o SINASEFE, ANDES e PROIFES. O Governo apresentou sua posição contrária a carreira única dos servidores docentes federais, argumentando que o perfil dos docentes das universidades, que formam a carreira do Magistério Superior (MS), tem um perfil diferente dos docentes que formam a carreira do Ensino Básico, Técnico e Tecnológico (EBTT). O principal argumento estava embasado em dados estatísticos, os quais apresentam um percentual de doutores muito superior na carreira dos docentes MS em relação aos docentes do EBTT.
Tanto o SINASEFE quanto o ANDES desenvolveram uma argumentação mostrando que a definições do papel dos docentes (MS e EBTT) é o mesmo. Sendo assim, deveriam estar contemplados em uma única carreira, e a consolidação destes profissionais em carreira distintas era na verdade os classificar em docentes tipos A e docentes tipos B.
Já o PROIFES defendeu a proposta do Governo. De imediato, o SINASEFE e o ANDES se posicionaram de forma firme em defesa da carreira única. Alegaram que esta posição fora construída ao longo de anos em seus fóruns e consideraram estranho que em nossas bases não tínhamos registros de docentes que defendiam a permanência dos docentes federais em carreiras distintas.
Dulce Tristão (MEC) e Marcela Tapajós (MPOG) colocaram a possibilidade de discutir a carreira única docente, porém deixaram claro suas preocupações com o desenvolvimento dos servidores numa carreira única. Dulce Tristão enfatizou ainda que externou uma opinião pessoal e que levaria essa discussão aos seus superiores.
Diante disto, o SINASEFE e o ANDES consideraram um avanço por parte do Governo em abrir a discussão sobre a possibilidade de construir uma carreira única e que estão dispostos em discutir o desenvolvimento dos servidores na carreira sem causar prejuízos para os trabalhadores.
Na sequência, o PROIFES fez um longo e lamentável pronunciamento contrário à carreira única, reafirmando seus preconceitos, com argumentações claras que revelam sua posição de que os docentes da carreira MS são diferentes dos docentes da carreira EBTT.
O representante da SETEC/MEC, Sr. Alécio Trindade, fez uma intervenção cheia de contradições, onde reforça nossos argumentos sobre a necessidade da carreira única quando fortalece o papel dos Institutos Federais no processo da Educação Brasileira, mas conclui defendendo categoricamente a divisão dos docentes em duas carreiras.
Depois de três horas de discussões em torno da unificação da carreira, ficou decidido que o assunto seria retomado no início da próxima reunião, quando entidades e Governo deverão apresentar seus posicionamentos diante dos argumentos apontados.
Ao encerrar a reunião, o Governo reafirmou a agenda de negociações com as entidades. No próximo dia 19/4 ocorrerá reunião para tratar da carreira docente, pela manhã, e dos Colégios Militares e Ex-territórios à tarde. Outra reunião está agendada para o dia 25 de abril.

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